O AVÔ
Minhas lembranças de meu avô são confusas, dislogicas. Às vezes elas me vêm em ondas vívidas, intensas. Isso acontece, normalmente, em momentos inesperados, sem que eu as procure, em insightgs epsiódicos. São flaschs de memória que não chegam a formar um quadro lógico de lembranças, uma sequência sistemática de eventos.Na maioria das vezes, não passam de ecos de sons extintos - o gorgogeio de sorrisos infantis passados, o alarido de gargalhadas infantis passadas, o estrugir de gritos já gritados por alguma criança, sabe lá Deus quando e onde, e que não se ouvem mais. Meu avô era um homem silencioso, sempre foi. Carrancudo também. Mas tinha, meu Deus, o sorriso mais bonito do mundo e eu amava porque ele ria sempre que me via, só de me ver.
Mas, tem vezes que forço a memória, num esforço deliberado para lembrar dele e manter acessíveis os registros que tenho armazenados na cabeça, antes que eu mesma vire uma velha gagá, incapaz de se lembrar até da hora de cagar.
Nessas ocasiões é que consigo cenas mais completas, com imagens razoavelmente nítidas e algum sentido narrativo, além do furdunço de sons. Por exemplo, posso lembrar dele me carregando nos ombros, de cavalinho, e de mim, melecando sua cabeça com baba de maça do amor, num passeio no parque Sarandi, numa manha qualquer de domingo. Em minha imaginação, vejo a roda gigante, escuto o alarido da multidão, com destaque para o vozerio estritende da criançada, minha mãe me aparece rindo, dentes branquissimos, mais brancos que o gardanapo, limpando a mostarda da boca depois de dar uma abocanhada sem educação num cachorro quente pra lá de apetitoso. São cenas completas que me demandam um esforço cada vez maior e que, eu sei, um dia num futuro provavelmente não muito distante, não atenderão mais aos meus chamados, isto se eu vier a chamar. A vida, afinal, é pra frente, como se diz.
Dessas lembranças, as mais frequentes são as da gente assistido filmes, na TV ou no cinema.
Das lem
embaçadas como uma foto sem foco.
a mae gostava de filmes de drama. quanto mais choro e ranhger de fentes, melhor. Hotel Ruanda, os dianametes de senage, etcs.. snão importava o artista o diretors, ada. Era uma pobreza em termos de nomes de atores , atrises e ou direroes eou dierotoras
o pai gostava de filmes de ação. muito tiro, muita porrada. i nça faltavam nomes, embora noa tivesse a mesma varieaade dem termos de historias. Tdo era poraada. não faltava nomes, a começar pelos clássicos, como Bruce Lee e o mítico Chuck Norris, passando por Arnold Schwarzenegger, Sylvester Stallone, Bruce Willis, Jean Claude Van Damme, etc, até os que aderiram ao estilo porradão mais recentemente, como é o caso, por exemplo de Liam Neeson e, quem diria, Keanu Reeves.
meu avô dizia. EU nçai vejo filmes para enteder o mundo, Eu vejo vilmes para me diertir para enteender o mundo eu leio Marx.
, quem dir
Entre os dois estremos, uma infinidade de nomes, tai cmo os Steven Seagal Bruce Willis]]]], Wesley Snipes]] Tom Cruise
Jet Li 1963
Jason Statham 1967
Vin Diesel1967
Dwayne “The Rock” 1972
e que , com o tempo, foram acrescidos de atotes mis novo s como
]
no paruqe
babando sua cabeça com
Maeu avô me ensinou tudo que sei da vida.
com iag mais completas como
Outras são pálidas, desconexas e me deixa sempre com a sensação qque flata alto, algum nexo que ligue os fatos à pessoa. A verade é que, hoje, não tenho uma edeia muiro clara sobre ele.
ACHO AUE FOI POR milagre de Deus qye consegyi muma obosa para fazer meu doutorado na uiniversidde autonoma de barceçoa.
A tese de Yujgn Smcs sobre a
Barcelona, uma cidade linda, fascinante, grandiosa, cheia de vida, e, ao mesmo tempo, aconchegante e receptiva. Foi impossível para mim não me apaixonar à primeira vista por um lugar como esse, tão evidentemente marcado pela história, arquitetura, arte, natureza e, obviamente, pelo seu povo. O mesmo posso dizer de minha universidade, também marcada por suas próprias histórias, e onde fui muito bem recebida.
Convivi com Vô Heitor em algum momento de minha primeira infãncia, lá entre meus dois e cinco anos e, depois, nossos encontros foram se tornando cada vez mais espaçados até sua morte, quando eu já estava moça feita, concluindo um doutprado em XXX, atarantada com minha tese sobre os impactos da Disney na construção cultural do sujeito ocidental moderno e sem condições de me abalar de Madri para o Brasil, a fim de acompanhar os sepultamento. Não me despedi de meu avô.
O avô era um tanto casmurro. Gostava de música erudita, clássicos da MPB, livros e mãos livros, os pais delas não gostava de nada disso. Descrever pai é mãe?
estudando em