O dia 18 de maio é posto como Dia Nacional da Luta Antimanicomial, que destaca a importância dos direitos das pessoas com sofrimento mental e do combate aos tratamentos em hospitais psiquiátricos. A data é fruto do Congresso de Trabalhadores de Serviços de Saúde Mental, realizado em 1987, na cidade de Bauru em São Paulo, para discutir uma proposta de reforma do sistema psiquiátrico brasileiro. O chamado “Manifesto de Bauru” declarava apoio aos pacientes que eram submetidos a tratamentos desumanos e considerou a criação de uma data voltada à luta antimanicomial.
Segundo a superintendente em Redes de Atenção à Saúde, Julia Diniz, há mais de 30 anos, o Brasil desbanca a lógica manicomial de atendimento. “A gente tem um avanço muito grande com a criação de uma lei que proíbe internação em hospitais psiquiátricos e que favorece o fechamento de leitos nesses hospitais. A partir disso, vem a construção de uma rede totalmente substitutiva a esse modelo de internação, que é o que sustentamos hoje. É por isso que fazemos um movimento grande no dia 18 de maio, para lembrarmos que somos contrários às ações de internação, voluntárias ou involuntárias, de pessoas em instituições manicomiais”, explicou.